A Consultoria Escolar, ou Orientação da Escola, é uma das possibilidades de intervenção para crianças e adolescentes. Neste caso, o terapeuta contato com a escola para colher informações sobre seu cliente e, em seguida, oferece uma ou mais sessões de devolutiva sobre como a escola pode ajudar a criança. As informações oferecidas pela escola são muito importantes para o tratamento da criança ou do adolescente, pois são uma forma de conhecermos como ela se comporta em outro local, com outros adultos e crianças, fora do ambiente de sua casa. Muitas vezes, esta informação é fundamental para a realização de um diagnóstico.
A partir da análise de quais métodos têm auxiliado a criança em seu tratamento, podemos oferecer orientações para facilitar a interação da criança com seus colegas, seus professores, as matérias e as situações mais difíceis para ela. A escola implementa as orientações recebidas e mantém seu contato com o terapeuta sempre que houver avanços ou dificuldades importantes para serem discutidas.
A participação da escola é especialmente importante no tratamento de alguns transtornos, como por exemplo:
• Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
• Fobia Social
• Dificuldades de Aprendizagem
• Mutismo Seletivo
• Transtorno Opositor Desafiante
• Transtorno de Conduta
As orientações dadas podem envolver o manejo de diversos comportamentos. Alguns exemplos a seguir se relacionam como os transtornos supracitados:
• Como auxiliar a criança que tem dificuldades para se concentrar, organizar seus materiais, cumprir prazos, permanecer sentada etc.
• Como intermediar relações para ajudar a criança a fazer amigos e interagir melhor com os colegas
• Como adaptar materiais e formas de ensino no caso de dificuldades de aprendizagem
• Como colocar limites frente à oposição da criança
• Como lidar com problemas de agressividade da criança com os amigos, com os professores ou com o patrimônio escolar.
É importante ressaltar que a Consultoria Escolar existe independentemente dos métodos que a escola já adota para lidar com os comportamentos de seus alunos. Seu propósito não é o de desautorizar tais métodos, mas o de oferecer e receber ajuda a partir da avaliação especializada que foi feita sobre a criança.