De acordo com dados da Universidade de Brasília (UnB), 70% da população brasileira está estressada. O estresse atinge, principalmente, pessoas que moram em grandes cidades, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, etc. Os efeitos da tensão constante para a saúde são diversos, incluindo o aumento do peso corporal, fato comprovado por diversos estudos.

Um bom exemplo é uma pesquisa da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, que comprovou que o metabolismo de uma pessoa desacelera após ela passar por dias estressantes, reduzindo a capacidade de queimar calorias. Esse estudo foi feito apenas com mulheres.

Durante o estudo, os pesquisadores mostraram que as mulheres que vivenciaram momentos estressantes apresentavam níveis maiores de cortisol e gastaram, em média, 104 calorias a menos que as mulheres que não apresentavam altos índices de estresse.

Segundo o estudo, isso representa um aumento de cinco quilos em um período de um ano. Além disso, as mulheres mais estressadas apresentavam níveis elevados de insulina, o que contribui para o acúmulo de gordura corporal.

A importância do cortisol

O cortisol é um hormônio essencial para a saúde e serve para nos deixar prontos para os desafios do dia a dia, tanto é que os níveis aumentam justamente pela manhã, ao acordarmos. No final da tarde, as taxas diminuem para preparar o corpo para descansar. Pelo menos é o que deveria acontecer.

Contudo, o organismo de quem vive estressado produz mais cortisol do que deveria, deixando o corpo em alerta constante. Estima-se que em pessoas com ansiedade, insônia e depressão a produção do cortisol é duas a três vezes maior do que o normal. Uma das consequências desse desequilíbrio hormonal é o ganho de peso.

O organismo entende que os altos níveis de cortisol são um alerta de segurança para economizar energia, ou seja, para diminuir o metabolismo. Outro ponto importante ligado ao estresse crônico é a liberação da molécula Y (neuropeptídeo NPY). Essa molécula é responsável por impulsionar o crescimento das células de gordura, principalmente na região abdominal. O acúmulo de gordura nessa área é o tipo de obesidade mais perigoso para a saúde, pois eleva a probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares.

O estresse também aumenta a vontade de consumir alimentos calóricos, gordurosos e doces. Podemos interpretar essa “vontade” como uma forma do organismo compensar os momentos de tensão. Esses alimentos elevam a produção da serotonina, gerando sensações de prazer e bem-estar. Mas, alimentos calóricos levam ao aumento do peso, entre outros problemas, como o aumento do risco de desenvolver diabetes.

Muitas vezes, como vimos, o ganho de peso tem uma relação íntima com o estresse. Desta maneira, se você está acima do peso e estressado, é importante cuidar também da sua saúde emocional, buscando maneiras de gerenciar o seu estresse. Procure ainda praticar uma atividade física regular, adotar uma alimentação saudável e relaxar.

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O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais empreenda qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.